Informação sobre ansiedade, enquanto patologia, causas, sintomas e tratamento da ansiedade, identificando o diagnóstico de fobias, transtorno de pânico, obsessivo, de estresse e  ansiedade generalizada, com dicas para a sua prevenção.


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Transtorno de Ansiedade Social ou Fobia Social em crianças

O Transtorno de Ansiedade Social pode ser entendido como uma vivência exagerada e persistente de ansiedade a estranhos. Crianças com até 2,5 anos tendem a não se sentir confortáveis perto de pessoas não familiares, evitando estabelecer uma comunicação assertiva. Este comportamento é esperado para a idade e deve ser entendido como parte do desenvolvimento infantil normal.
Entretanto, após este período, se o estranhamento persistir e interferir na construção de uma vida social, é possível que este desconforto tenha se tornado patológico.
Normalmente utilizam-se os seguintes critérios diagnósticos para o Transtorno de Ansiedade Social, medo acentuado e persistente, excessivo ou irracional, em uma ou mais situações sociais ou de desempenho que envolvam a exposição a pessoas estranhas ou a possível gozação de terceiros; presença de resposta imediata de ansiedade, caracterizada muitas vezes como um ataque de pânico, resultante da antecipação ou do contato com a situação social temida; reconhecimento de que o medo é irracional ou desproporcional.
As situações sociais e de desempenho temidas são constantemente evitadas, ou suportadas com intenso sofrimento, resultando em prejuízo funcional significativo. O quadro não se deve à ingestão de alguma substância (drogas de abuso ou medicamentos), condição médica geral, e não é melhor explicado por outro transtorno mental.
Apesar de não configurar um critério diagnóstico, a presença de sintomas somáticos é comumente descrita nos momentos de antecipação e exposição à situação social temida.
Palpitações, tremores, sudorese, desconforto gastrointestinal, diarreia, tensão muscular, rubor facial e confusão mental são os sintomas mais frequentes.
Em crianças e adolescentes, algumas considerações acerca dos critérios descritos acima devem ser feitas para que o diagnóstico se confirme. O Transtorno de Ansiedade Social só pode ser diagnosticado em crianças que apresentem habilidades sociais adequadas a sua idade, com pessoas que lhe são familiares. Outra consideração importante é a necessária presença de ansiedade em situações sociais que envolvam outras crianças e não apenas na interação com adultos.
Crianças e adolescentes com Transtorno de Ansiedade Social não precisam reconhecer o medo que sentem como irracional ou desproporcional, mas os sintomas devem ter duração mínima de seis meses.
Este critério é exclusivo para infanto-juvenis, ou seja, para menores de 18 anos.
A resposta ansiosa da criança tende a ser diferente da apresentada pelo adulto. Diante da situação temida, a criança procura se afastar do ambiente com pessoas estranhas e buscar a proteção e segurança junto a pessoas familiares, em especial junto aos pais. Além dos ataques de pânico, o choro e a imobilidade também são reações apresentadas como resposta ansiosa pela criança.

Transtornos de ansiedade em crianças e adolescentes

Os Transtornos de Ansiedade são reconhecidos como alguns dos transtornos mentais mais prevalentes em crianças e adolescentes, encontrando-se atrás apenas do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade e do Transtorno de Conduta.
Estudos epidemiológicos em populações americanas indicaram que os transtornos de ansiedade em infantojuvenis têm prevalência estimada de 8 a 12%. No Brasil, um estudo populacional encontrou índices de prevalência de 4,6% em crianças e 5,8% entre os adolescentes. Na Inglaterra, observaram-se índices de morbidade similares aos encontrados na pesquisa brasileira e indicaram prevalência de 3,4% em crianças e 5,04% em adolescentes.
Os transtornos de ansiedade podem causar manifestações clínicas capazes de gerar  mportantes prejuízos no funcionamento normal do indivíduo. A ansiedade patológica leva o paciente ao desenvolvimento de estratégias compensatórias para evitar o contato com aquilo que lhe causa temor. Além do consequente prejuízo funcional imediato, implicações de médio e longo prazo possíveis são a diminuição de autoestima e o desinteresse pela vida. Quando o transtorno é presente na infância ou na adolescência e não há tratamento adequado, há incremento na possibilidade do progressivo agravamento da condição mórbida ao longo da vida.

Alimentos que combatem a ansiedade e o cansaço

A alimentação pode ter papel importante na prevenção ou diminuição da ansiedade. Transcrevemos  um artigo pubicado aqui, que consideramos relevante, sobre esta temática:


Diga adeus ao nervosismo, à ansiedade e ao cansaço. Coloque na sua dieta alimentos que têm o poder de estimular o funcionamento do sistema nervoso, acabar com a irritação e espantar a tristeza.

Alface - Ótima para amenizar a irritação. O talo tem lactucina, substância que funciona como calmante. Além disso, é rica em folato. A falta desse elemento no organismo causa depressão, confusão mental e cansaço.

Banana - Pode acreditar: essa fruta tão comum em terras brasileiras, diminui a ansiedade e ajuda a garantir um sono tranqüilo. Ela tem esses poderes por ser rica em carboidratos, potássio, magnésio e biotina. A banana também dá o maior pique porque possui vitamina B6, dando energia.

Carne - Esse alimento possui niacina, uma vitamina do complexo B que, quando está em falta no organismo, causa depressão. Também é rica em ferro e cobre, que combatem a anemia e transportam o ferro. O zinco, presente em sua composição, é antioxidante: combate os radicais livres e retarda o envelhecimento. Além disso, seus aminoácidos fazem o cérebro funcionar melhor.

Espinafre - A verdura contém potássio e ácido fólico, que previnem a depressão. Além disso, espinafre tem magnésio, folato e vitaminas A, C e do complexo B, que ajudam a estabilizar a pressão e garantem o bom funcionamento do sistema nervoso.

Jaboticaba - Essa frutinha contém ferro (que combate a anemia) e vitamina C (que aumenta as defesas do organismo). Suas vitaminas do complexo B agem como antidepressivos. Além disso, a jaboticaba é rica em carboidratos, que fornecem energia e, por isso, reanimam.

Laranja - Rica em vitamina C, cálcio e vitaminas do complexo B, a laranja ajuda o sistema nervoso a trabalhar adequadamente. O cálcio presente em sua composição é relaxante muscular e combate o stress. E essa fruta ainda é energética, hidratante e previne a fadiga.

Leite - A falta de vitamina do complexo B pode acabar com seu bom humor. Além de estarem presentes no leite, essas substâncias também são encontradas nas ervilhas, sementes de girassol, batata e peixe. Leite também tem cálcio (que ajuda a relaxar os músculos) e proteínas (que estimulam o sistema nervoso).

Uva - Essa fruta tem uma boa dose de vitaminas do complexo B, que ajudam no funcionamento do sistema nervoso. A vitamina C e os flavonóides da uva são antioxidantes, que retardam o envelhecimento da pele e ajudam a combater o colesterol. Além disso, é energética.

Ansiedade patológica

Existem estados de ansiedade anormais, é  a chamada  ansiedade patológica, que caracteriza-se pela excessiva intensidade e prolongada duração proporcionalmente à situação precipitante. 
É uma preocupação exagerada que pode abranger diversos eventos ou atividades da vida da pessoa e pode vir acompanhado de sintomas como irritabilidade, tensões musculares, perturbações no sono, entre outros. Costuma causar um comprometimento significativo no funcionamento social, ocupacional e afetivo da pessoa, podendo gerar um acentuado sofrimento.
Nestes casos ao invés de contribuir com o enfrentamento do objeto de origem da ansiedade, atrapalha, dificulta ou impossibilita as ações do indivíduo. Este quadro pode estar presente em diferentes transtornos como tiques, fobias,  e em casos mais graves como o Transtorno de Ansiedade Generalizada ou Síndrome do Pãnico. Nestes casos é imprescíndivel o tratamento, atualmente sendo indicado a combinação da psicoterapia e do tratamento medicamentoso.
Podemos concluir que todas as pessoas podem sentir ansiedade, principalmente com a vida atribulada atual, a ansiedade acaba tornando-se constante na vida de muitas pessoas.
Dependendo do grau e da frequência, pode se tornar patológica e acarretar muitos problemas posteriores, como os Trantornos de Ansiedade. Mas, nem sempre ansiedade é patológica, é preciso fazer esta diferenciação, o que é doença e o que faz parte das nossas vivências, para isso as pessoas devem tentar entender os motivos de seu estado ansioso, analizar mais sua vida, conhercer-se e ter algum tempo para si.
Pois atualmente notamos muito apelo na patologização de sentimentos inerentes aos processos de mudança e crescimento humano, é como se as pessoas não suportassem mais sentimentos desagradáveis vivendo  em um imperativo de felicidade, contudo esses sentimentos também fazem parte e são tão necessários para nosso crescimento quanto as vivências positivas .

Ansiedade normal

Ansiedade é um sentimento de apreensão desagradável, vago, acompanhado de sensações físicas como frio no estômago, aperto no peito, palpitações, transpiração, dor de cabeça, ou falta de ar, dentre várias outras. 
A ansiedade é um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e desconhecidos, porém estes perigos podem ser reais ou imaginários; desta forma a ansiedade caracteriza-se como uma reação natural e necessária para a auto-preservação. Contudo,  não é um estado normal, mas é uma reação normal, podemos compará-la com uma  febre  que não é um estado normal, mas uma reação normal a uma infecção.
A ansiedade está presente ao longo do ciclo de vida do ser humano, sendo inerente á algumas fases de desenvolvimento, por exemplo é normal para o bebê que se sente ameaçado se for separado de sua mãe, o adolescente no primeiro encontro ou o adulto em uma entrevista de emprego poderão estar ansiosos, ou ainda para um idoso quando contempla a velhice e a morte, e para qualquer pessoa que enfrente uma doença.
Portanto podemos entender a ansiedade  como um acompanhamento do crescimento, da mudança, da experiência de algo novo e nunca tentado, e do encontro da nossa própria identidade e do significado da vida. Isso é o que chammos de ansiedade normal, inerente á condição humana e que geralmente não precisa ser tratada por ser natural e auto-limitada.

Transtorno de estresse pós-traumático

O transtorno de estresse pós-traumático consiste em reviver experiências perturbadoras, seja em sonhos, seja como lembranças vívidas de imagens do passado, que invadem involuntariamente a consciência - os chamados flashbacks.
As manifestações que se seguem à experiência traumática compreendem o transtorno de estresse agudo.

Transtorno obsessivo-compulsivo

No transtorno obsessivo-compulsivo, há recorrência involuntária de idéias, imagens ou impulsos repugnantes ou sem sentido (obsessão), que podem ser acompanhados da necessidade imperiosa de realizar comportamentos estereotipados ou rituais por exemplo lavar repetidamente as mãos por acreditá-las contaminadas - para aliviar a ansiedade (compulsão).

Ansiedade generalizada

O Transtorno de Ansiedade Generalizada caracteriza-se pela presença de preocupações excessivas e incontroláveis sobre diferentes aspectos da vida. Apesar de preocupações serem uma manifestação de ansiedade bastante comum e fazerem parte da experiência humana, pacientes diagnosticados com Transtorno de Ansiedade Generalizada referem haver uma intensificação e prolongamento deste estado ansioso, sem que haja a interrupção deste processo.
Os critérios diagnósticos normalmente usados incluem a ansiedade e preocupação excessiva e de difícil controle com diversos eventos, na maioria dos dias e com duração mínima de seis meses, causando prejuízos no funcionamento da vida diária. O quadro deve ser acompanhado ainda de pelo menos três de seis sintomas físicos tais como, inquietação, fatigabilidade, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular ou perturbações do sono. Finalmente, o distúrbio não deve ser oriundo de ingestão de drogas ou de abuso, de uma condição médica geral ou ocorrer exclusivamente durante o curso de transtorno de humor, transtorno psicótico ou transtorno global do desenvolvimento.

Tratamento do transtorno de pânico

Diferentes classes de antidepressivos, incluindo inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), antidepressivos tricíclicos (ADT), inibidores da monoaminoxidase (IMAO) e benzodiazepínicos, são usadas no tratamento do transtorno de pânico.
Embora vários estudos tenham demonstrado a eficácia do tratamento farmacológico para esse transtorno, uma proporção significativa dos pacientes permanece sintomática após o tratamento agudo. Pode-se dizer que os pacientes respondem ao tratamento farmacológico agudo, mas a maioria não apresenta uma remissão completa (resolução completa dos sintomas mantida por um período de pelo menos 3 meses). Isto indica que o transtorno de pânico é uma doença crônica e, como tal, seu tratamento deve ser mantido por um período longo.
A terapia cognitivo-comportamental tem sido, então, recomendada para o tratamento dos sintomas residuais, particularmente quando persistem sintomas agorafóbicos, e é também freqüentemente indicada em qualquer momento do tratamento, pois seus efeitos, associados aos medicamentos, parecem ser mantidos nas avaliações em longo prazo. Esta é também uma técnica que deve ser considerada em situações especiais como gestação, amamentação, impossibilidade de usar medicamentos ou retirada dos fármacos.
A TCC para o transtorno de pânico consiste no uso da psico-educação, de técnicas para enfrentar a ansiedade, reestruturação cognitiva e enfrentamento das situações evitadas.
Por outro lado, o tratamento farmacológico do trnstorno de pânico tem como objetivo bloquear os ataques de pânico, diminuir a ansiedade antecipatória, reverter a evitação fóbica, assim como reconhecer e tratar as co-morbidades. Com o objetivo de avaliar a resposta ao tratamento no transtorno de pânico verifica-se a intensidade e freqüência dos ataques, da ansiedade antecipatória, da evitação fóbica, o funcionamento global e a qualidade de vida.
quarta-feira, 6 de junho de 2012

Diagnóstico do transtorno de pânico

O diagnóstico do transtorno de pânico é essencialmente clínico, isto significa que é feito pelo estudo das características do transtorno através de uma entrevista clínica completa e detalhada, além de exame físico complementar. Não há exame específico para diagnóstico do transtorno do pânico, embora muitas vezes exames cardiológicos sejam necessários para se despistar a possibilidade de problemas cardiovasculares.

Causas dos transtornos de pânico

A etiologia do transtorno de pânico é provavelmente multifatorial, incluindo fatores genéticos, biológicos, cognitivo-comportamentais e psicossociais que contribuem para o aparecimento de sintomas de ansiedade, muitas vezes durante a infância, e com manifestações variáveis durante o ciclo vital.